Quarto de Ishtar

Relembrando a primeira mensagem :

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— Você quem manda.
*Ele abanou as mãos pela última vez antes de pegar quase que imediato o pote de geleia que ela trouxera. Sorriu como uma criança que ganha um caro presente de natal e focou os olhos vermelhos na geleia através do vidro*
— Isso está parecendo um campeonato para decidir quem tem mais deméritos... não que eu me importe.
*Abriu o recipiente em tal velocidade que a tampa quase saiu pelos ares, mas ele a segurou bem na hora. Parecia estar mais ansioso para consumir tal alimento do que na vez passada*
— Talvez não tenha tantas objeções como pensei, eu posso contar o que você quiser... só não faça soar simples.

*Ele fez questão de comer um grande pedaço de geleia antes de respondê-la, sujando mais uma vez as mãos com o doce*
— Oh, sim, eu realmente tenho um modo peculiar para matar. Não chamaria de padrão... Às vezes posso escolhê-las por azar, embora seja raro.
*Limpou os dedos com a língua antes de continuar*
— Sabe, matar uma pessoa não é fácil. Um humano costuma ser forte e não morre tão facilmente quanto ratos numa ratoeira, sem mencionar que, de acordo com a sociedade, alguém não deveria desejar matar o próximo. Porém— e pôs mais um pouco de geleia sobre a língua.—, eu tenho algo que simplifica esse raciocínio.
*Piscou os olhos vermelhos algumas vezes, e pela primeira vez desde que recebera o frasco de geleia, voltou a focar diretamente as íris dela. Um brilho estranho passou pela pupila escura de B antes que a mesma dilatasse de um modo perturbador*
— Já ouviu falar? Dos olhos de shinigami? — indagou, e pacientemente voltou suas mãos à geleia e pôs-se a sugá-la lentamente, sem deixar de observar Ishtar, aguardando agora, a sua resposta, antes que pudesse continuar.

— Nunca cheguei a ver um, embora...— pigarreou e franziu o cenho.— Tenha uma suposta imagem de um em mente... Não consigo lembrar direito de onde tirei isso ou de quando vi e se realmente vi... Ah, e eles não funcionam com você, realmente... Não tanto quanto pensa...
*Levantou momentaneamente as íris vermelhas, focando-as acima da cabeça de Ishtar*
— Só vejo seu nome, o que significa que o meu padrão não pode ser aplicado a você.
*Ele fez um gesto com as mãos pegajosas que continha um ar de "calma, não terminei" quando a ouviu insinuar que aquilo ainda não era um padrão. B pareceu ficar alguns segundos estático depois daquilo... Não sabia-se se estava pensando em como continuar ou estava suavemente pasmo por ela ter tocado em seu nariz*
— Entende? Eu normalmente escolho as pessoas pelo tempo de vida. Se estão próximas a morrer, então eu as pego. O nome também é um quesito importante... Gosto dos que têm as iniciais B no nome e sobrenome. Sabe... Não é tão difícil assim encontrar um indivíduo com essas características numa cidade tão enorme e populosa como Los Angeles...
*E pôs mais uma grande quantidade de geleia na boca, parecendo, em seguida, brincar com os pedaços grudados em seus dedos; seus olhos ainda fixos no rosto de Ishtar*
— Porém, há um enigma em meu próprio padrão que eu procuro desvendar... Mas talvez isso não venha ao caso... Ou vem?
*Inclinou lentamente a cabeça para um lado, de um jeito realmente estranho e até particularmente perturbador*

— Bom... acho que não me seria tão surpreendente assim, sabe...
*Fez menção de sorrir com a piada dela, mas não o fez, levando mais um pouco de geleia até a boca para disfarçar a pequena curva em seus lábios pálidos*
— Talvez nem tanto. É só que... Fico na dúvida se as minhas vítimas sempre estiveram destinadas a morrer naquele exato momento pelas minhas mãos, ou não...
*Levantou os olhos para ela, com um ar inseguro, se perguntando se deveria tentar explicar outra vez*
— Entende?

— Oh, sem dúvida.
*Pôs na boca os últimos pedacinhos de geleia que ele havia espremido com as mãos, voltando-se a Ishtar em seguida. Observou durante alguns segundos, estático, o modo estranho de como ela o encarava. Limpou os dedos pegajosos com a própria língua, ajeitando-se discretamente em sua posição estranha, que faria qualquer um, estranhamente, sentir-se mais "adulto" que ele*
— E não. Como eu disse antes, às vezes posso escolher minhas vítimas por azar.
*Ele a olhou durante alguns segundos, com um ar absolutamente neutro, até que um sorrisinho tão estranho quanto o que ela esboçava se formasse na face de B*
— Mataria. — respondeu brevemente, mantendo o fraco sorriso no rosto.

— Também estava pensando sobre isso, e acho que...
*Parou um pouco para utilizar o vidro de geleia como taça;sorvendo, novamente, o líquido pelo borde do frasco. Depois, limpou as mãos na própria calça*
— Contanto que você não tente se defender, eu poderia tentar. Parece tão interessada em... saber como é a morte. Eu só posso dizer que é realmente agradável ver um corpo morto.
*Passou a gesticular enquanto comentava, atento à Ishtar*
— Não aqueles que se vê em necrotérios ou na TV. Quero dizer... É interessante quando aquele último brilhinho de vida morre, e tudo o que você vê depois é um objeto inanimado.
*Ele encolheu os ombros*
— No entanto... eu lembro de terem me dito para não matar por aqui, porque pode ser perigoso para todos.
"Não que eu me importe..."
— Talvez... eu pudesse arranjar uma desculpa. Bem, não que eu vá realmente matar você. Só estou supondo.

*Ele deu de ombros*
— Eu só ligo para o corpo mesmo... afinal, acho que não gostaria de ver fantasmas ou coisa do tipo.
*Iria comentar mais sobre o que ela dissera, mas resolveu realizar seu pedido*
— Você quem sabe... e, tocando nesse assunto, você faz ideia do que pode existir de... tão perigoso por aqui, que Mizori procura excluir os assassinatos? Eu fiquei realmente curioso quando ela insinuou esse fato.

(Meu bem, você esqueceu de nós... A Ame está aqui se lamentando que vc nem respondeu a MP dela...)

-Ah, mais fantasmas estão por toda parte... Sorte sua não vê-los.
*Aproximou-se dele, falando em voz baixa*
-Não tenho certeza... Mas dizem que há algo muito sinistro e poderoso que dorme sob o acampamento...

(Fiz isso já UEHUEHE :3)

— Oh...
*Ergueu a sobrancelha perante a afirmação dela em relação aos fantasmas*
— Imagino...
*Mostrou-se pensativo em seguida, passando o indicador de um lado ao outro sobre os lábios*
— Algo como um ogro ou espírito, talvez... ou acha que essa ideia é muito banal?

— E o que pode ser pior do quê isso? — indagou, num tom de voz um pouco mais baixo.— Digo... os filmes de ficção não mostram coisas piores do quê fantasmas e monstros.
*Ao ouvir a pergunta dela, ele também se pôs de pé, como se já imaginasse o que ela teria em mente*
— Hm... Não. Para ser sincero, eu estava perdido quando bati à sua porta.

*Pareceu ficar pensativo com a afirmação dela, mas logo deu de ombros. Viu ela estender a mão e lançou-lhe um olhar de censura, embolsando ambas suas mãos em seguida*
— Oh, tudo bem, então... Vamos lá. Por que não vai na frente e me mostra o caminho? 

*Recolheu a mão com um biquinho*
-Ok, vamos?
*Abriu a porta, saindo e esperando que Beyond a seguisse*
(Eu posto ou você posta?)

(Cê posta, sua linda <333 Huehuehue -q)

*Ele abriu um sorrisinho bobo ao ver o biquinho dela e saiu do quarto, seguindo-a com passos lentos*